Brasil registra 2,91 milhões de sessões de cinema até agosto de 2025
Número se aproxima ao registrado em 2019, com 2,94 milhões
Radioagência Nacional - Por Madson Euler
Publicado em 25/09/2025 15:29
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© Rovena Rosa/Agência Brasil

Em 2025, o Brasil se aproxima do número de sessões de cinema do período pré-pandemia. De 1º de janeiro a 31 de agosto, foram 2,91 milhões de sessões — quase o mesmo registrado em 2019, que teve 2,94 milhões. Os dados são da Agência Nacional do Cinema, a Ancine, e foram divulgados esta semana durante um encontro com representantes dos setores de produção, distribuição e exibição. O objetivo foi avaliar os efeitos da Cota de Tela 2025.

O mercado também registra o maior número de salas de cinema desde 2015: são 3.534 em funcionamento. Nos oito primeiros meses do ano, 349 filmes chegaram às telonas, sendo 132 brasileiros.

Apesar da recuperação no número de sessões e salas, o público ainda está em queda. Foram vendidos 81,9 milhões de ingressos até agosto — bem abaixo dos 115,1 milhões do mesmo período do ano passado, e 36,6% a menos que em 2019.

A Ancine também apresentou um balanço da Cota de Tela 2025, destacando o impacto de novas regras implantadas este ano. Um dos resultados foi o aumento da presença de filmes brasileiros nos horários de maior público — a partir das 17h —, o que também impulsionou a audiência dessas produções.

A Lei de Cotas, sancionada no ano passado, prorrogou a obrigatoriedade de exibição de filmes nacionais no cinema e na TV até 2033. Cabe à Ancine fiscalizar o cumprimento da lei e colaborar na formulação do decreto anual da Cota de Tela.

Com base nos dados do setor e nas contribuições de profissionais da área, a agência prepara uma proposta de diretrizes para o decreto de 2026, que será enviada ao Ministério da Cultura nos próximos meses.

Para garantir a transparência das informações, a Ancine disponibiliza em seu site a plataforma OCA — o Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual. Ela oferece painéis interativos atualizados semanalmente com dados sobre salas de exibição e o desempenho do mercado.

Fonte: Radioagência Nacional
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