Em um momento decisivo para a justiça brasileira e internacional, o ex-jogador Robson de Souza, mais conhecido como Robinho, enfrenta a possibilidade de prisão em território nacional. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) se prepara para julgar a homologação da sentença italiana que condenou o ex-atleta a nove anos de reclusão por envolvimento em um caso de estupro coletivo. O episódio, ocorrido em uma boate em Milão no ano de 2013, colocou o nome de Robinho em destaque nas páginas criminais.
A deliberação do STJ, agendada para 20 de março, será realizada pela Corte Especial, formada por 15 membros do colegiado. Fontes indicam que existe uma tendência entre os ministros do STJ em favor da validação da sentença italiana, o que implicaria na autorização de uma ordem de prisão contra o ex-jogador.
Caso a execução da pena seja transferida para o Brasil, ela deverá seguir as normativas legais brasileiras, como destacou um dos ministros. O processo promete ser conduzido de maneira a evitar polêmicas, mantendo a integridade judicial.
Segundo análises da Procuradoria-Geral da República, o crime pelo qual Robinho foi condenado na Itália é também considerado crime no Brasil, ressaltando que a pena de nove anos não deve ultrapassar o limite máximo estabelecido pela legislação brasileira para casos análogos.
O Caso Robinho
A condenação de Robinho remonta a dezembro de 2020, quando foi sentenciado a nove anos de prisão por violência sexual contra uma jovem albanesa em 2013. Segundo relatos da vítima, ela foi embriagada e abusada sexualmente por seis homens enquanto se encontrava inconsciente. A defesa de Robinho, por outro lado, argumentou que o ato foi consensual.
A confirmação da condenação pela mais alta corte da justiça italiana ocorreu em janeiro do ano passado. Pouco depois, em fevereiro, foi expedido um mandado de prisão internacional contra o ex-jogador. Como medida preventiva, a defesa de Robinho entregou seu passaporte ao STJ, restringindo sua liberdade de deixar o país.
Um ponto chave na acusação foi a utilização de um áudio, obtido por meio de uma escuta instalada em um veículo, que capturou uma conversa entre Robinho e seus amigos. Este áudio corroborou a versão da vítima sobre os eventos daquela noite, fortalecendo a posição da acusação no julgamento.
À medida que a data do julgamento se aproxima, o caso Robinho permanece sob intensa atenção, não apenas pelo impacto na vida do ex-jogador, mas também pelo seu significado na intersecção entre justiça, esporte e sociedade. A defesa entregou o passaporte do ex-jogador ao STJ. Ele está proibido de deixar o Brasil.