Em manifestação na ação penal que julga irregularidades no Cruzeiro no período da gestão de Wagner Pires de Sá, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu deferimento à Justiça para a realização de perícia nos computadores apreendidos na sede do clube, durante uma operação de busca e apreensão ocorrida ainda em 2019. A Justiça ainda não se manifestou.
O Ministério Público analisou o pedido e concluiu que a medida é necessária. No entanto, pediu à Justiça, que ela ocorra num prazo de 60 dias. O MP, justificou o prazo por dois motivos. “Isto porque, de fato, pode ter havido propina em favor dos agentes públicos, como também pode ser uma manobra da defesa para tumultuar o processo e levar a uma prescrição da pretensão punitiva”.
O próximo passo é aguardar a manifestação da Justiça pelo deferimento ou não da solicitação, feita pela defesa do ex-presidente do clube, Wagner Pires de Sá. O pedido foi feito no dia 17 de outubro e é baseado em uma denúncia anônima, sem comprovação, que indicam supostas irregularidades na investigação.
A ação penal corre na 7ª Vara Criminal de Belo Horizonte e Wagner Pires de Sá responde por falsidade ideológica, aporpriação indébita e formação de organização criminosa.
A denúncia utilizada pela defesa do ex-presidente está com a 1ª Subcorregedoria da Polícia Civil e relata supostas irregularidades praticadas por agentes da corporação na investigação sobre os supostos crimes cometidos na gestão do Cruzeiro.
A investigação começou após uma carta anônima escrita por uma pessoa que afirma ser inspetora da Polícia Civil e informar que detalharia as irregularidades e possíveis corrupções na investigação. Uma delas seria a alteração dos HDs, que não teve comprovação dos fatos narrados nos autos.
O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues foi citado na carta e intimado pela Polícia Civil, durante a diligência da Subcorregedoria, para “elucidar os fatos”, em ordem de serviço emitida em setembro deste ano. No mês de outubro, o representante legal do dirigente foi autorizado a ter vistas do auto. Sérgio não é investigado.
Para o ge, Sérgio Rodrigues lembrou que o caso é antigo e que já se colocou à disposição da Polícia Civil e do Ministério Público para esclarecer qualquer situação. O presidente do Cruzeiro afirmou que segue acompanhando as investigações.
A Polícia Civil e o Cruzeiro não comentaram sobre a situação.
Já a defesa de Wagner Pires de Sá disse que deve contratar um perito para acompanhar o caso, isso se a Justiça aceitar o pedido.
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